"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Completo

Certa vez, ao sair desacompanhada, um amigo em comum me deu o seguinte conselho:
- Comporte-se.
Confesso ter achado engraçado, mas me contive e fiz sinal de positivo com a cabeça.
Agora veja só, que audácia! Há quem acredite que seguir tal conselho seria "pagar paixão", até parece que precisaria dar essa volta toda pra deixar claro se estou ou não apaixonada, consigo tal proeza em um pequeno quarto, entre 4 paredes. Me comportaria sim, mas não em função da pessoa que está comigo. Como tudo que faço e dessa vez não seria diferente, o faria por mim.
Simplesmente porque não tenho necessidade de ser tomada por outros abraços.
Porque não vejo razão para me perder em outros beijos nem ficar horas a ouvir acordes descompassados de violão e músicas incompletas. Pois não preciso acariciar meu ego com outros elogios nem me divertir com outro jeito diferente de falar.
Me deliciar com outro cheiro, com outra voz, com outros olhos...
Como disse no texto anterior, aprendi a me sentir satisfeita com o necessário. Detesto exageros, sobras, sentimentos que transbordam, nos escapam por entre os dedos e fazem uma grande lambança! Até porque normalmente quem limpa sou eu. Pode parecer muito pouco para alguns, mas por enquanto, é só o que preciso. É o que deixa em paz, o que me faz feliz, feliz demais!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um pequeno vendaval

Ouvi essa expressão de alguém muito importante, apesar de não fazer parte do contexto, agora ela faz sentido.
Há alguns dias atrás completei 22 anos de existência!
Pode não parecer nada comparado a idade de nossos pais e avós, mas apesar de considerar esse tempo de forma relativa, em partes até concordo. Não há como negar que em 22 anos se aprenda muita coisa, ah, e como.
Durante esse tempo, aprendi a me satisfazer com o necessário.
Isso não quer dizer que tenha abdicado dos meus objetivos, deixado de querer mais!
Quero sim, afinal...quem não quer? A diferença está em valorizar o que existe de mais simples, compreendendo sua funcionalidade e deixando a estética um pouco de lado. Caprichos; observando de perto vi que são apenas caprichos.
Hoje me sinto boba por ter desejado uma extensa variedade de pratos na mesa do almoço, quando sei que provaria dois ou três deles. Boba por ter desdenhado do carro que meu pai precisou trocar, apenas por não ser aquele que trazia em si, ainda que de maneira implícita, o status social que desejava ter. Boba por tentar escolher uma carreira profissional que me desse muito dinheiro, desmerecendo a satisfação pessoal. Sim, já fiz tudo isso... mas, foi bom.
Minha mudança de cidade foi como disse um amigo: um pequeno vendaval.
Não considero apenas a mudança física, pois a mudança mais intensa foi dentro de mim.
A rotina, os hábitos, as pessoas, a faculdade... tudo isso contribuíu para que fosse delicadamente lapidada, esculpida. Só conseguimos nos aproximar da perfeição através da prática e é com o passar do tempo que nos tornaremos melhores, ou pelo menos é o que deveria acontecer. Um passat alemão me leva pra faculdade do mesmo jeito que um Gol, um prato de arroz, feijão e carne, me alimenta tanto quanto qualquer outra comida, qualquer profissão que me dê satisfação pessoal, por fazê-la com gosto e sendo a melhor, me trará condições financeiras de viver bem. Quando é que deixamos de nos importar com o a parte funcional? Acho que já faz muito tempo, tempo demais pro meu nível de tolerância atual.
“Decidi desenvolver minhas qualidades, logo precisaria romper os limites e anseios.
Desfigurar o usual é um exemplo disso. Enfim tenho você pra assoprar meus olhos repletos de areia do vendaval...” Hoje não mais o tenho, mas suas palavras ficaram. Não são as pessoas, mas o que me fizeram sentir. Por que me prender à rótulos objetivos, se é na subjetividade que encontro o que me faz bem? Não são os amigos, mas a amizade. Não são os amores, mas os beijos, os momentos em que estivemos sós, as histórias que confidenciamos, são os nossos planos. Não são as casas em que morei, mas tudo que vivi alí. Todos os abraços, beijos, carinhos e discussões, todos os amigos, as aulas, as night's e conversas interessantes, todas as viagens, banhos de mar, horas no telefone e os filmes com brigadeiro e muita fofoca, são meus 22 anos. São essas pequenas coisas, pequenos grãos de areia que me divertem, que me proporcionam momentos incríveis, que me trazem paz.