"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O homem invisível

Certa vez um namorado questionou o fato de não brigarmos, de eu não ter crises de ciúmes, não o privar do futebol com os amigos e nem mesmo fuxicar seu celular escondido em busca de alguma mensagem comprometedora. Disse que nosso namoro não tinha emoção. Não foi esse o motivo do término, mas também não me admiraria se dissesse que nossa relação não o fazia feliz. Algumas pessoas... só se sentem completas e realizadas em relacionamentos conturbados com direito a “barracos” todo final de semana. Sabem aqueles em que se “bate” o telefone na cara, profere palavras de baixo calão e depois fica tudo bem? Então, esse mesmo. Não fui acostumada com isso; simplesmente não sei ser assim. Bom... Sendo assim, o que é felicidade afinal? Pra mim é estar em paz. É poder ser eu mesma, mostrar sem receio minhas qualidades e defeitos como qualquer ser humano. É ter alguém pra dividir os momentos importantes da minha vida e até mesmo os mais simplórios. É me sentir segura em seu abraço, enxergar o mundo em seus olhos e desejar que o tempo pare enquanto estamos juntos. É não ter medo que tudo se acabe. É não brigar, não ter crises de ciúmes, não deixar de fazer aquilo que gosto e nem privá-lo do mesmo. É respeitar sua individualidade e não invadir sua intimidade como se fosse dona de algo ou alguém. Pensando assim, meus relacionamentos não tem emoção. Pensando assim, jamais seria capaz de fazê-lo feliz. Todo início de relacionamento é mágico. Existe expectativa, tudo é novidade. O abraço, o beijo, o toque. Mas, isso não se perpetua. A expectativa se acaba, a novidade vira rotina. Isso é normal. Se formos esperar nos sentir nas nuvens todos os dias durante anos estamos perdidos. Casamentos não existiriam. Às vezes penso que as pessoas confundem essa sensação do início com felicidade. Como se quando a mesma passasse, o namoro estivesse acabado. Como disse Marina, a personagem que dá o empurrãozinho necessário para que Pedro enlouqueça e passe a ver sua própria mulher invisível: Mulheres não estão felizes quando estão felizes. É, homens também não.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Recalcular

Não é assim que diz aquela voz chata da mulher do GPS quando por algum motivo precisa mudar a rota? Então.

Termina 2012 e começa 2013. Tudo que eu mais queria na hora da virada era um abraço gostoso, sincero, um beijo apaixonado, a promessa de um “pra sempre”, um amor de verdade. Queria ser a mulher de uma vida! A boa esposa, boa mãe e companheira para todos os momentos. Queria ser nada além do que mereço. Enquanto encontro o que procuro, permito que procurem algo a encontrar. Permito que descubram na vida o que já conheço bem e escolhi pra mim. Nesse novo ano que se inicia escolhi me conhecer. Saber o que gosto de fazer, quais músicas gosto de ouvir. Me fazer um carinho, sabe?
Me sentir amada, desejada e finalmente independente. O engraçado é que não dependo de alguém para ser feliz ao me cuidar e sim o oposto. Dependo de alguém para cuidar e amar pra ser feliz. É isso que precisa ser mudado. Quero ser uma excelente profissional, uma mãe maravilhosa e uma mulher digna de encontrar um grande homem. Todo esse cuidado, dotes e dedicação de uma esposa exemplar ficaram no século passado, hoje em dia isso pouco importa. Sempre sonhei em me casar, ter filhos e formar uma família bem tradicional. Dormir e acordar todos os dias com aquela pessoa, receber café na cama em datas especiais, almoços de domingo na casa da vovó, casa cheia no natal... Ah! Dividir a cama com os filhos pequenos que estão com medo dos trovões. Ter um companheiro para conversar, dividir minhas angústias e meus momentos de extrema felicidade. Ter alguém para fazer parte da minha realização pessoal. Ter uma rotina diária no estilo comercial de margarina! Fazer viagens e conhecer outros países e culturas. Queria um homem que me fizesse elogios, me surpreendesse com flores sem razão e que me levasse para jantar vez ou outra. Um homem que me respeitasse e me tratasse com carinho. Que aceitasse esse meu lado “mãezona” e gostasse dos meus mimos e cuidados. Nesse mundo moderno onde a moda é praticar o desapego ainda existe espaço para um relacionamento estável e duradouro que caracterize o companheirismo no sentido mais fiel da palavra? Será mesmo que estou mergulhada numa fantasia frustrante? Sei lá. Só o tempo para curar as feridas, acalmar o coração e encorajar a alma para mais uma história a ser protagonizada. Pois é... Só quem se permite o sofrimento é capaz de se permitir a alegria. Em 2013 digo logo: Vamos nos permitir! =)

Silêncio. Apaguem as luzes e abram as cortinas que o show não pode parar.

Um excelente 2013 para todos!