"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sinto, logo sou.

São duas as coisas que mais repreendo na sociedade que faço parte: A necessidade de julgar e condenar os demais sem ao menos se preocupar com o que poderíam estar sentindo, desconsiderando os motivos que os levaram a agir de tal forma e a maldita hipocrisia ao dizer que naquela situação, faria diferente. Ainda assim, caso precisem expôr para o mundo como se posicionam diante de uma atitude minha, tudo bem... lhes dou duas opções para que tenham esse direito. O dia em que não mais estiverem presentes em corpo físico, pois do contrário, sendo meros civis, pobres mortais, a chance de situações inusitadas e constrangedoras acontecerem conosco são as mesmas. A segunda é ainda mais simples! Quando o aparente impossível o deixar de ser, que se torne um ser humano perfeito. É uma pena que tenhamos nos conformado em pensar tão pequeno... percebam que me inclúo nos que estão sendo aqui criticados, o que nos difere é que tenho essa consciência. Muitos talvez tenham receio em dizer, mas sei quem sou.
Sei minhas qualidade e meus defeitos que admito ser capaz de mudar. Sei tudo o que posso ser se as circunstâncias permitirem e posso lhes garantir: é muito. Se por aqui vou ficando, vale um conselho: O silêncio é sempre a melhor opção ao invés de demonstrarmos o tamanho de nossa ignorância. Hoje, preocupo-me senão em diminuí-la, não intensificá-la... Jamais permitirei que falte em minha vida aquilo que faz acelerar o coração! Não temo o desconhecido, quero experimentar, ainda que precise de dor e lágrimas para que no final, possa enfim... Sorrir.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sobre mim

-Oi gente, boa noite!
-Oi.
-Quer que eu feche o vidro do carro?
-Não precisa, obrigada. Mas, por que?
-Pro vento não bagunçar o seu cabelo, toda mulher reclama disso.
-Ah, sim. É que estou longe de ser como toda mulher.
Pronto, fui fazer graça e cheguei na boate parecendo um filhote de leão desnutrido. Apesar do penteado nada usual, tenho certeza que essa afirmação foi fundamental para o desenrolar dos fatos no restante da noite. O problema dos outros é generalizar e o nosso, é deixar que isso aconteça. Cada pessoa é única e faço sim questão de mostrar em que aspectos sou diferente da maioria. Me preocupo em ganhar tempo, detesto futilidade e não me importo com o que os outros possam estar pensando de mim. Tento demonstrar de maneira simplista como sou, cada um entende da forma que achar conveniente, se entender da forma errada, puxando para o negativismo, sinto muito; é realmente uma pena, mas não vou arrancar os cabelos por isso.
Como qualquer pessoa não gosto de ter inimigos, então procuro me agradar sem prejudicar o próximo, nem sempre isso é possível, entre agradar a maioria e me satisfazer, sem dúvidas escolho a mim.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O meu, o seu, o nosso super ego

Eu não via a hora de poder escrever sobre isso! Deixei passar um tempo para que não ficasse tão explícita minha revolta. Preste atenção, pois falo em meu nome e também dos fracos e oprimidos desprovidos de coragem. (rs..)
Dentro de nós existem vários personagens!
A criança inocente e sonhadora. O moleque hiperativo com as canelas cheias de hematomas. A menina introvertida, que fica horas sozinha tomando chá com sua boneca. O adolescente rebelde que se diz incompreendido pelos pais. O bom menino, livre, despreocupado e muitas vezes irresponsável. O adulto sério, que trabalha de terno e gravata e praticamente morre aos finais de semana. A menina engajada e preocupada com o futuro da humanidade. O idoso experiente e sábio, mas desprezado pelos netos. A morena puritana, a loira promíscua. A mulher de pulso, forte, decidida e a outra confusa, carente e insegura. Não me interpretem mal, por favor...vale dizer que assim como a bondade, a maldade também habita o ser humano; então, mesmo que em menor grau, se existe a pomba branca da paz,também existe o "Serial Killer". Tem aquele(a) que segue à risca as regras da sociedade e se comporta como todos esperam, que nega seus desejos e vontades por medo de se tornar polêmico(a), ser o alvo de fofocas e estragar sua reputação. Aquele(a) que se anula para tentar protagonizar a impossível "Vida Perfeita", enquanto os abutres o(a) observam, torcendo para que cometa algum deslize e então, posssam devorá-lo(la) sem pena. Existe também aquele que carinhosamente chamarei de Boquinha -de- mel (fazendo uma alusão ao personagem do livro "O vendedor de sonhos"). Ele é feliz, divertido, excêntrico, o famoso maluco beleza; aquele que não faz mal nem a uma mosca. Só faz o que quer e o que tem vontade, desconhece regras e padrões ou apenas os ignora, não tem a intenção de magoar ninguém e sim de se agradar, o que às vezes ocasiona o fato anterior. Todos eles ficam detidos em nosso subconsciente, nossa personalidade; existe um portão de ferro que os mantém limitados naquele espaço; as chaves do cadeado ficam sob nossa responsabilidade e se esse limite existe, é para nossa própria segurança. "A selvageria é um estado de completa consciência. É por esta razão que precisamos dela." (Gary Snyder) Quando dotados dessa consciência, filtramos quais características de cada personagem deve sair, existem vantagens e desvantagens, às vezes uma compensa a outra. Ao perdermos essa membrana seletiva e deixarmos que as combinações sejam feitas de forma aleatória, podem se tornar desastrosas. Nosso corpo não é nada sem nossa consciência, por isso ao ficarmos bêbados ou drogados, agimos contra nossos valores pré estabelecidos. Não estou fazendo apologia contrária a frase: "Sexo, drogas e Rock'Roll"!
Sexo que antes era apenas para fins de propagação da espécie, hoje em dia além de sinônimo de prazer, virou uma verdadeira zona, fazer o que. Quanto à questão das drogas, prefiro não opinar a respeito de sua legalização pois não estudei os prós e contras; mas existe uma frase muito interessante de um comediante chamado Dennis Miller, que em seu livro "Rants", brinca com essa parte de nós que anseia em se dissolver na luz: "(...) Você nunca vai impedir a necessidade humana de liberação por via da consciência alterada. O governo poderia retirar todas as drogas do mundo e as pessoas girariam ao redor de seus gramados até que caíssem e víssem Deus." Faz sentido. O álcool por exemplo, dissolve o super ego, o senso crítico, nos deixa "sem noção"; permitir que o mesmo atinja um nível que comprometa sua integridade mental, é deixar o portão escancarado. Se você fica bêbado em uma festa, os sóbrios ou menos alcoolizados que você, enxergam o seu corpo, usando seu nome e assumindo assim, sua identidade; é óbvio que quem estava alí não era você, e sim o boquinha -de- mel, gozando a plenitude de sua liberdade!
No dia seguinte, além da dor de cabeça causada pela desidratação, você terá que enfrentar o julgamento dos que estiveram presentes ao espetáculo, do vizinho que o viu chegando com a camisa vomitada às 7 da manhã, dos seus pais, da sua namorada ou talvez, ex namorada, dos seus amigos... e etc. Sabe o que me deixa furiosa e ainda assim, triste e decepcionada?
Todos os que citei, sem excessão, são seres humanos assim como você. Estamos no mesmo barco, as chances são as mesmas. Seria esperar demais que as pessoas soubessem separar as coisas, elas só compreendem quando acontece com elas, falo por mim. Espero que hoje em dia, seja capaz de compreender o que escrevi aqui...disso tudo, tirei uma lição:
Se não somos capazes de perdoar o erro de um semelhante, logo não somos merecedores de acertos. Gentiliza gera gentileza, essa é famosa não é? Quer outra? A oração de São Fransisco de Assis, a que cantávamos no dia de ação de graças, lá nos tempos de escola!
"...Oh mestre, fazei que eu procure mais.
Consolar, que ser consolado.
Compreender, que ser compreendido.
Amar, que ser amado, pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se nasce para a vida eterna."
*Nossa! Fiquei até arrepiada... cantava por obrigação nas festividades acadêmicas, não havia notado como é bonita!
Algo que já foi dito por pensadores da antiguidade, por Jesus Cristo, se duvidar até os dinossauros sabiam e agiam corretamente!
E olha que o homem é o único ser racional da terra... é mesmo, somos os únicos! êta bichinho burro!

sábado, 2 de maio de 2009

Sonho consciente, pesadelo.

(Escrito no final do mês de março, não me recordo o dia.)

Essa madrugada presenciei de minha janela a duas cenas pra mim, chocantes; tamanha a animalidade e violência. Formulei uma frase inconscientemente e a fico repetindo, como se algo ou alguém quisesse que eu a interpretasse; quem sabe assim desapareça e me deixe em paz! Por conta disso não dormi essa noite. Enquanto alguém aos prantos grita por socorro no meio da rua, assisto a tudo e ainda tento esconder meu rosto entre as frestas da persiana para que não seja vista, deveria ser por vergonha. Ouço um pedido de ajuda e me escondo? Isso é omissão. Testemunhar uma injustiça e não denunciar é ser cúmplice, que também é um crime. Se perdi o sono, tive pesadelos e agora choro por estar angustiada é porque cometi parte dessa injustiça. Alguém de tantas palavras, ficou em silêncio. Meus sentidos estão tão aguçados, que só meu coração bater já faz com que perca o equilíbrio e me desestabilize, o sangue ao percorrer meu corpo faz formigar. Essa noite pensei muito em meus pais, senti saudades e me preocupei, pois temo por sua segurança; sei que não é muito, mas estando aonde possa vê-los e tocá-los, os tenho protegidos. Agora mais próximos, nossa ligação é maior... como se separados perdêssemos nossa força e juntos, fôssemos capazes de qualquer coisa. Sinto orgulho por pensar assim. Sinto, logo sou e não devo me omitir; sinto por ontem, sinto culpa. Sou como uma máquina que trabalha à todo vapor, e se sinto... é porque estou viva.

Situação: Estamos sonhando e sabemos disso.
Reconhecemos nossos desejos, temos controle sobre nosso cérebro, mas o corpo parece se negar a responder aos impulsos. Tentamos nos mecher e nada acontece. O desespero chega. O coração acelera. O medo é tanto que já não conseguimos pensar em como sair daquela situação. Queremos acordar e o corpo não obedece, estamos presos. Pensamos em chamar alguém, gritar, mas a voz sái baixinho, fraca... desse jeito não vão nos ouvir. Mesmo se alguém passasse por nós não notaria, essa voz representa apenas nossa intenção em emitir som, para quem nos olha de fora, estamos serenos, dormindo como verdadeiros anjinhos; sabemos disso pois conseguimos nos ver na cama, acompanhamos nossa agonia pelos dois lados, personagem e espectador.
* Já teve um sonho assim? Quando tenho, é pesadelo. Sonho só é sonho quando se difere da vida real, quando somos passivos em um mundo fictício criado pelo nosso suconsciente, estar consciente nesse mundo é assustador. Nos poucos minutos em que consegui dormir na noite passada, tive um desses. Talvez por ter ficado impressionada com o que vi e por desejar que meus pais voltassem pra casa, sonhava que isso acontecia. Ouvia barulho de chave na porta e duas pessoas conversando, tentei chamá-los e nada. Senti que um deles caminhava até o quarto, pelo andar era meu pai; o chamei diversas vezes, tentei lhe estender a mão, me esforcei para abrir um dos olhos e confirmar se era mesmo ele e só consegui ver um vulto, no auge do desespero gritei "Socorro" e a voz saiu, tão alto que acordei comigo mesma; alguns milésimos de segundo depois, meu rádio toca, era meu pai. Ele havia acabado de ver uma mensagem minha enviada na noite anterior e por isso ligou, eu estava nervosa, a voz trêmula, mas tentei lhe passar tranquilidade, lhe contei o que havia acontecido na madrugada, contei sobre o sonho e desligamos; não sei o que aconteceu comigo, acho que a adrenalida passou, o sangue esfriou... desabei, chorei de soluçar como uma criança. Enquanto o chamava no sonho, ele pensava em mim; aconteceu simultâneamente, me tirou de um pesadelo! Fizemos contato, sintonia telepática... bem querer, cuidado, amor entre pai e filho; é claro que um sentimento é forte o suficiente pra gerar um acontecimento desses. Existe uma ligação muito forte entre nós, apesar de discordarmos em alguns aspectos, somos bastante parecidos... acho que sei porque chorei. Tive uma experiência surreal, como um lindo sonho acordada... desabei após ouvir a voz que mais precisava naquele momento, a mesma voz que ouvia quando ainda estava no útero da minha mãe, que me acalmava cheia de carinho, que me fazia sentir querida; desejada... porque não disse o quanto o amo ao telefone? Não sei, talvez por ainda existir uma barreira que criei para que a hierarquia fosse respeitada... não é preciso mais, eu cresci. O respeitaria primeiramente por ser um ser humano, depois por ser mais velho que eu, por ser meu tutor e por aí vai. Não o respeito pelo fato de ser meu pai e nem o amo por esse motivo, já amava antes, muito antes... antes mesmo de estar aqui, talvez há milênios atrás, quando o escolhi e fui escolhida. Para hoje, dividirmos nossas vidas, aprendermos um com o outro, cuidar e ser cuidados; ele me acompanha em todos os lugares e dimensões. É parte fundamental em minhas missões, sinto que nessa... mais ainda. Siga o conselho do texto de Mary Schmich," Filtro Solar":
"Dedique-se a conhecer os seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez."
Não consigo nem imaginar a dor de perder minhas raízes...