"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


quarta-feira, 13 de maio de 2009

O meu, o seu, o nosso super ego

Eu não via a hora de poder escrever sobre isso! Deixei passar um tempo para que não ficasse tão explícita minha revolta. Preste atenção, pois falo em meu nome e também dos fracos e oprimidos desprovidos de coragem. (rs..)
Dentro de nós existem vários personagens!
A criança inocente e sonhadora. O moleque hiperativo com as canelas cheias de hematomas. A menina introvertida, que fica horas sozinha tomando chá com sua boneca. O adolescente rebelde que se diz incompreendido pelos pais. O bom menino, livre, despreocupado e muitas vezes irresponsável. O adulto sério, que trabalha de terno e gravata e praticamente morre aos finais de semana. A menina engajada e preocupada com o futuro da humanidade. O idoso experiente e sábio, mas desprezado pelos netos. A morena puritana, a loira promíscua. A mulher de pulso, forte, decidida e a outra confusa, carente e insegura. Não me interpretem mal, por favor...vale dizer que assim como a bondade, a maldade também habita o ser humano; então, mesmo que em menor grau, se existe a pomba branca da paz,também existe o "Serial Killer". Tem aquele(a) que segue à risca as regras da sociedade e se comporta como todos esperam, que nega seus desejos e vontades por medo de se tornar polêmico(a), ser o alvo de fofocas e estragar sua reputação. Aquele(a) que se anula para tentar protagonizar a impossível "Vida Perfeita", enquanto os abutres o(a) observam, torcendo para que cometa algum deslize e então, posssam devorá-lo(la) sem pena. Existe também aquele que carinhosamente chamarei de Boquinha -de- mel (fazendo uma alusão ao personagem do livro "O vendedor de sonhos"). Ele é feliz, divertido, excêntrico, o famoso maluco beleza; aquele que não faz mal nem a uma mosca. Só faz o que quer e o que tem vontade, desconhece regras e padrões ou apenas os ignora, não tem a intenção de magoar ninguém e sim de se agradar, o que às vezes ocasiona o fato anterior. Todos eles ficam detidos em nosso subconsciente, nossa personalidade; existe um portão de ferro que os mantém limitados naquele espaço; as chaves do cadeado ficam sob nossa responsabilidade e se esse limite existe, é para nossa própria segurança. "A selvageria é um estado de completa consciência. É por esta razão que precisamos dela." (Gary Snyder) Quando dotados dessa consciência, filtramos quais características de cada personagem deve sair, existem vantagens e desvantagens, às vezes uma compensa a outra. Ao perdermos essa membrana seletiva e deixarmos que as combinações sejam feitas de forma aleatória, podem se tornar desastrosas. Nosso corpo não é nada sem nossa consciência, por isso ao ficarmos bêbados ou drogados, agimos contra nossos valores pré estabelecidos. Não estou fazendo apologia contrária a frase: "Sexo, drogas e Rock'Roll"!
Sexo que antes era apenas para fins de propagação da espécie, hoje em dia além de sinônimo de prazer, virou uma verdadeira zona, fazer o que. Quanto à questão das drogas, prefiro não opinar a respeito de sua legalização pois não estudei os prós e contras; mas existe uma frase muito interessante de um comediante chamado Dennis Miller, que em seu livro "Rants", brinca com essa parte de nós que anseia em se dissolver na luz: "(...) Você nunca vai impedir a necessidade humana de liberação por via da consciência alterada. O governo poderia retirar todas as drogas do mundo e as pessoas girariam ao redor de seus gramados até que caíssem e víssem Deus." Faz sentido. O álcool por exemplo, dissolve o super ego, o senso crítico, nos deixa "sem noção"; permitir que o mesmo atinja um nível que comprometa sua integridade mental, é deixar o portão escancarado. Se você fica bêbado em uma festa, os sóbrios ou menos alcoolizados que você, enxergam o seu corpo, usando seu nome e assumindo assim, sua identidade; é óbvio que quem estava alí não era você, e sim o boquinha -de- mel, gozando a plenitude de sua liberdade!
No dia seguinte, além da dor de cabeça causada pela desidratação, você terá que enfrentar o julgamento dos que estiveram presentes ao espetáculo, do vizinho que o viu chegando com a camisa vomitada às 7 da manhã, dos seus pais, da sua namorada ou talvez, ex namorada, dos seus amigos... e etc. Sabe o que me deixa furiosa e ainda assim, triste e decepcionada?
Todos os que citei, sem excessão, são seres humanos assim como você. Estamos no mesmo barco, as chances são as mesmas. Seria esperar demais que as pessoas soubessem separar as coisas, elas só compreendem quando acontece com elas, falo por mim. Espero que hoje em dia, seja capaz de compreender o que escrevi aqui...disso tudo, tirei uma lição:
Se não somos capazes de perdoar o erro de um semelhante, logo não somos merecedores de acertos. Gentiliza gera gentileza, essa é famosa não é? Quer outra? A oração de São Fransisco de Assis, a que cantávamos no dia de ação de graças, lá nos tempos de escola!
"...Oh mestre, fazei que eu procure mais.
Consolar, que ser consolado.
Compreender, que ser compreendido.
Amar, que ser amado, pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se nasce para a vida eterna."
*Nossa! Fiquei até arrepiada... cantava por obrigação nas festividades acadêmicas, não havia notado como é bonita!
Algo que já foi dito por pensadores da antiguidade, por Jesus Cristo, se duvidar até os dinossauros sabiam e agiam corretamente!
E olha que o homem é o único ser racional da terra... é mesmo, somos os únicos! êta bichinho burro!

Um comentário:

Tiego Wagner disse...

O que mais me impressiona é o conteúdo das divergências, ou o fato de haverem 2 lados.

Ficou muito bem escrito o texto, parando pra ler você lembra que existem 2 lados, porque na prática isso não aconteça, talvez por muitas vezes o impulso falar mais alto.


*** Ri horores nessa parte ''(...)virou uma verdadeira zona, fazer o que.''