"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Um homem assim...


Ontem estive pensando e cheguei à conclusão de que nunca fui “amada” de verdade.  Sou muito. Sei que mereço alguém que tenha esse mesmo “muito” a oferecer. Sempre acreditei que um dia encontraria o meu príncipe, até pensei tê-lo encontrado algumas vezes, mas não. Foi apenas impressão. Ainda não conheci um homem assim...

Que fizesse elogios ao me encontrar, que reparasse meu jeito, o cheiro do perfume e até a roupa que estava usando.  Que planejasse seu dia de acordo com os meus horários só pra tentar me ver, nem que fosse apenas por uma horinha. Que desejasse coisas simples como ir ao cinema, sair pra jantar, ir a uma festa juntos e andar de mãos dadas na rua. Alguém que se esforçasse pra fazer dar certo. 

Ainda não conheci um homem assim...

Que compreendesse minhas ausências e aceitasse minhas responsabilidades de mãe. Que me admirasse como mulher e acreditasse no meu potencial e futuro profissional sem ao menos ter conhecido minha trajetória acadêmica. Que me mandasse mensagens ao longo do dia e me deixasse sorrindo sozinha ao ler suas frases características e espontâneas. Que me fizesse sentir os pés fora do chão ao lembrar algum momento ou situação que tenhamos passado juntos. Alguém que quisesse me chamar de “minha”.  

Ainda não conheci um homem assim...

Que falasse de mim para os amigos com orgulho e felicidade no olhar, que demonstrasse suas inseguranças e não tivesse medo algum de se expor. Que se entregasse e se jogasse de cabeça numa relação ainda frágil, imatura, mas acreditando que valeria a pena. Que me deixasse com o coração apertado ao ameaçar desistir de tudo, só pra me dar um susto e me fazer perceber o quanto é importante. Que fizesse o tempo parar em um abraço gostoso e me deixasse “louca” só com um beijo. Alguém que fosse sincero e transparente em relação aos seus sentimentos e me surpreendesse com sua perfeição.

Sem dúvida essa seria minha zona de confronto. Sempre gostei mais das pessoas que me envolvi que elas de mim. Sem me doei demais. Ainda não sei ser diferente. Acho que não saberia lidar com essa situação. Talvez pudesse não me adaptar, magoar quem está comigo e me frustrar. Talvez tivesse medo de arriscar a me libertar daquilo que já conheço e sei das deficiências incuráveis. Será que vale a pena deixar de viver aquilo que sempre desejamos por “medo” de não estarmos prontos?   ...

Teresópolis e seu nevoeiro... Como eu amo esse lugar!  A fumaça densa esconde as respostas, mas logo o céu azul, o verde e o sol voltam a aparecer. Tão logo o tempo se encarregará de resolver as coisas e acalmar os corações.

 

Mais uma vez e como sempre haverá de ser...

Ah... finalmente! Não via a hora de poder vir aqui e dizer: passou. Há 6 meses atrás estava sofrendo devido ao término do meu namoro. Sentia o coração sendo esmagado, o ar pesado, difícil até pra respirar... Pensava que não haveria solução, que aquela angústia perduraria pelo resto dos meus dias. Ah! Quanta bobagem! Na hora é assim mesmo e não adianta que nos digam o contrário. Precisamos passar por isso. Faz parte do crescimento. Mas... passa. Hoje já consigo enxergar o lado positivo disso tudo. E nossa... Como foi bom! Aprendi a olhar pra mim, me redescobri. Posso amar quem eu quiser, pois também me amo. Coisa que por muitos momentos deixei de fazer. Me deixei de lado, me esqueci ao olhar para o outro. É engraçado pensar que enquanto choramos e sofremos o outro está lá, todo faceiro. Incomoda, dói. Mas, pensando bem... Que mal há? Só porque teve coragem de tirar de sua vida algo que já não o fazia feliz? Não pode aproveitar sua liberdade da maneira que bem entende sem ser julgado? Já julguei, óbvio. Mas o fiz quando o egoísmo tomava conta de mim. Quando só conseguia admitir o meu sofrimento e não sua felicidade. Nada que o tempo não reorganize e faça assentar. Nada que um pouco de maturidade não resolva. Bom, agora é continuar seguindo. Um passo de cada vez, com calma, apreciando a paisagem, sentindo o vento no rosto pra não deixar passar nada. Nem um detalhe. ;)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Simplesmente


Sempre fiz propaganda do jeito simplista de ser! É o melhor e menor caminho, acreditem. Sabem por que a vida perde a graça? Porque ela se repete todos os dias só que com pessoas diferentes. Não existe verdade; se pararmos pra pensar tudo é mentira. Jamais saberemos se um elogio foi feito de maneira sincera ou trouxe em si algum tipo de interesse pessoal. Essas frases não são minhas, ouvi de um professor hoje na faculdade. Me identifiquei porque realmente se aplicam. Se pensarmos que todas as boas ações são feitas por interesse, seremos pessimistas e desconfiados. Se pensarmos o contrário, seremos bobos e iludidos. Bom... O que fazer? Cada um sabe de si. E eu sei bem. Sou boba, ingênua e muitas vezes me iludo sim. Mas, me recuso a deixar de acreditar que existam honestidade e bondade nas pessoas que me cercam. Sinceramente não consigo entender o motivo de algumas pessoas me acharem tão estranha.  Perdoar uma traição apenas pelo fato de ter sido comunicada ou não se importar em ouvir sempre a verdade, por mais negativa que possa parecer... São coisas que a maioria das pessoas não aceita. A vida se repete porque nós, seres humanos, somos extremamente previsíveis. Nós mulheres, eles homens. Todos. Temos defeitos parecidos e também qualidades. Nossas características são as mesmas, embora algumas estejam mais evidentes em um sexo ou outro. Se existem as famosas “mulheres problema”, que sufocam, inibem, coagem, envergonham e enlouquecem os homens, por que também não podem existir as “mulheres solução”? As raridades escondidas por ai. As estranhas e excêntricas que muitos duvidam que sejam merecedores.  Outro dia um amigo me definiu de uma maneira tão diferente que achei interessante escrever aqui. Estávamos conversando sobre as mulheres serem previsíveis... Dessa vez nem pude defender a minha raça, pois somos mesmo. Ao ter dito que agiria de um jeito que foge ao senso comum ele respondeu: “Ah, você não é mulher! O que você é ainda não foi inventado.” Simplesmente amei. ; )

terça-feira, 19 de março de 2013

Receptor


Detesto gente derrotista! Dessas que vivem chorando pelos cantos, se lamentando e que estão sempre com cara de enterro. É chato conversar com elas, parece que nada que se diga ou faça ameniza. É desanimador e totalmente em vão. E é mesmo. De uns dias pra cá tenho me detestado justamente por estar assim. Estou chata, melancólica, repetitiva e quase insuportável de se conviver. Sei disso, pois mal me agüento. Estou triste sim. Frustrada e decepcionada. Sei que esse baixo astral incomoda as pessoas assim como incomodava a mim. Acontece que atingi um grau de maturidade em que não se admite atuar. Não vou distribuir sorrisos e transbordar animação se não é o que sinto. Vou deixar transparecer o que é real. Colocar pra fora o que está me consumindo. É na dor que a gente mais aprende. Embora não seja muito fã dessa metodologia, preciso reconhecer que funciona. Preciso viver, sentir e sem mascarar. Peço apenas que aceitem.  Depois passa, logo passa. Já passou tantas outras vezes, essa está longe de ser a 1ª vez que fico desestabilizada durante o prosseguimento da vida pós término de relacionamento. Mas, não há dúvidas de que será a última. O tempo nos trás experiência e essa nos torna seletivos. Me recuso a desperdiçar energia com o que não me garante futuro.  Agora estou aqui, assistindo os dias passarem, curtindo a fossa, me analisando. Tentando entender o porquê das coisas e se em algum momento falhei. Entendi meu erro. Pela 1ª vez em 25 anos posso afirmar e com muito orgulho que fui integralmente fiel ao que promovo em meus textos, minha dificuldade ainda é selecionar o receptor. =/

domingo, 17 de março de 2013

Descartável

Esse pedacinho de texto já foi usado em outros momentos... de outra forma. Mas, mexendo nos rascunhos o encontrei. Puro, original. Não me lembro o contexto e nem a quem me referia na época... Mas, certamente ainda se encaixa nos dias de hoje.
Senão pra mim, pra alguém. =*

As pessoas mudam tanto, com o tempo tornam-se irreconhecíveis.
O que se disse hoje, amanhã já perdeu o sentido, vira mentira.
O prazo de validade das palavras e sentimentos está cada vez menor.
É como se aquele ambiente familiar em que podíamos andar de olhos vendados sem esbarrar em nada, tivesse os móveis trocados de lugar.
Termos que enfrentar todos os dias um "desconhecido" é no mínimo, triste.
Os questionamentos sobre o comportamento e a mente humana está perdendo espaço para as futilidades de uma sociedade materialista e o prazer momentâneo.
A superficialidade dos relacionamentos, a banalização do amor!
A inversão de valores e até a ausência dos mesmos, o desinteresse, subsituição e desapego nos levam direto para a lenta e gradual extinção do caráter e da honestidade.

Enfim, nos tornamos descartáveis!

Que se danem as borboletas!

“O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.”    Mario Quintana.

É extremamente desagradável se sentir dependente. Por muitas vezes chega a ser enlouquecedor! Havia me comprometido nesse novo ano a mudar essa situação. Quero conhecer a Renata quase cirurgiã-dentista, a Renata aos 25 anos, a Renata mãe e pra isso... Preciso estar sozinha. Não disse fora de um relacionamento sério, disse sozinha mesmo. No sentido mais restrito da palavra. Sabem aquela história do início sobre as borboletas e o jardim? Então. Eu estava caçando borboletas como uma louca! Agarrada a uma rede de captura como se com isso fosse tirar o pai da forca. Mas, agora não... Não, não. Nada de borboletas! Elas que se danem! Todas! Sem exceção.  Quero caçar livros. Livros de todos os tipos. Não há nada melhor para o autoconhecimento que uma boa leitura. Quero caçar experiência, segurança e sonhos.  Quero caçar estabilidade financeira, boas oportunidades de trabalho, saúde e paz. Reorganizar minha vida, restabelecer prioridades.  Quero cuidar da minha filha, minha família e dos meus pais. Quero distribuir carinho e paciência aos meus pacientes. Quero espalhar amor... E lá no fim, lá no finalzinho quase apagado de tão desimportante... Um homem, um namoro ou um romance. Quero aprender a não precisar de um par de calças pra me sentir completa. Nesse mundo tão imprevisível ainda me permito algumas certezas. Uma delas já posso até dividir com vocês: Eu vou ser feliz!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Vai tarde...

Você por muitas vezes pensou que tinha alguém ao seu lado. Alguém fiel, leal e que estaria alí pra te ouvir, aconselhar, te dar colo e carinhos sinceros quando fosse preciso. Alguém que levaria em consideração um pedido seu, que pensasse nos seus sentimentos antes de tomar qualquer atitude. Alguém que fosse sincero ao responder suas perguntas e que tivesse o mínimo de dignidade para te contar o que estava acontecendo debaixo dos seus olhos perdidos em tanta bondade, ao invés de deixá-la descobrir no susto, na marra. Ainda mais descobrir que era uma das últimas a saber. Tudo isso te faz sentir uma completa idiota! Te faz se arrepender dos favores, das palavras de carinho, da preocupação, da esperança. Isso em um primeiro momento, é claro. Depois, todo aquele amor e cuidado se transformam em raiva e descaso. Percebe-se que foi uma grande perda de tempo. De fato a diferença de idade pesa muito, os objetivos de vida são diferentes e mais, a amizade, respeito e consideração um pelo outro não são os mesmos. Talvez nunca tivessem sido. Outra vez seus olhos enxergando apenas o que lhes convém. Lhe pregando peças! Pois é...Esquecer algo que ainda amamos é complicado, mas esquecer algo que sequer merece nossa lembrança me parece simples. O difícil é se desfazer de algo que nos faz bem, nos tira o fôlego, o indiferente que às vezes chega a nos fazer mal... Já vai tarde.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Obrigada...

Hoje assistindo a uma matéria sobre a tragédia na boate Kiss em Santa Maria- RS me emocionei. Digo isso sem vergonha alguma. Lembrei da minha gravidez. Meu maior medo era que algo acontecesse ao pai da minha filha antes que ela nascesse. Tinha medo de ficar sozinha e lembrar dele toda vez que a olhasse. Na matéria, uma grávida de 6 meses perdeu o marido que trabalhava na boate. Ela disse que gostaria de ter dito algumas coisas a ele... principalmente, lamentava por não ter podido agradecer por ser ele o pai de seu filho. Mesmo não estando mais juntos como um casal, temos um elo de amor eterno. E não vou precisar lamentar por não ter dito ou escrito tudo que pensava e sentia a seu respeito; quero também agradecer. Não haveria melhor ser humano para ser o pai da minha filha. A vida me deu um imenso presente. Naturalmente minha gravidez não foi algo planejado, mas foi bem quista. Quando muitos meninos apavorados me pediriam para “interromper” a gestação, o meu menino disse que apoiaria minha decisão. Provavelmente tomado pelo pânico. Logo em seguida disse: Não! Nós vamos ter esse filho e eu vou estar do seu lado. E assim foi... no momento de contar aos nossos pais, aos amigos, durante todos os segundos ele esteve lá. Na escolha do nome, assistindo a gravação da ultrasonografia, até na hora de dormir...Lembro que se deitava na minha frente de conchinha para que quando o bebê se mexesse na barriga, também pudesse sentir. Na entrada do centro cirúrgico, no quarto.. nos primeiros meses de caos em minha casa. Dormíamos nos mesmo quarto enquanto a Laurinha chorava de cólicas. Pois é... Quem diria. Um menino. Se mostrou homem e se mostrou pai. Talvez essa surpresa seja o que faz de mim tão sua fã. Tenho certeza que seremos ótimos pais. Pais que se respeitam, que se gostam e que tem um objetivo em comum... Pra nossa filha ser Família.
Obrigada Ricardo Fernandes Martins. =)

Sonho bom...

Minhas epifanias tem se tornado cada vez menos frequentes. A falta de tempo, a correria do último período... Tantas coisas acontecendo e borbulhando na minha cabeça. Vez ou outra preciso vir aqui. Ler, pensar... e às vezes escrever, né? Pra não explodir! rs.. =)

* Acabei de falar com um amigo ao telefone e ele me pediu que não lamentasse mais o que passou. Peçam me qualquer outra coisa. No momento é o que me conforta. Estava lembrando de quando nos conhecemos. Ele cruzou por mim pela faculdade vestido de branco, logo pensei: Nossa! Que menino lindo. Sim... um menino. Jamais poderia imaginar que estivesse resolvendo questões burocráticas de matrícula, muito menos que seria da minha turma. 6 meses se passaram. Nos tornamos amigos, ficamos, fomos namorados por 3 anos e tivemos uma filha juntos. A faculdade foi como um sonho bom e isso só se fez possível por tê-lo ao meu lado. Já saí, fiquei, namorei... bastante até. Pela primeira vez desejei que fosse o último. Abriria mão de tudo e sem sacrifício para que ficássemos juntos. Esse tudo não significa o que eu tinha, mas sim aquilo que nem havia chegado a conhecer. Uma vida inteira... lugares, situações e pessoas. Abriria mão da mágica de um novo início, abriria mão de outros amores. O quis pra sempre e não foi da boca pra fora como muitas vezes fazemos ao estarmos apaixonados. Até hoje me custa acreditar e principalmente aceitar que possa existir outro homem que me desperte esse desejo. Alguém que me entenda, me complete, que eu goste de admirar enquanto fala, quando sorri... Que mesmo em contato íntimo e intensos diários ainda me faça sentir. Sei que vou encontrar, sei que quando menos esperar ele vai aparecer; mas... lamento sim, pois tinha tudo para ser perfeito. Às vezes terminamos um relacionamento pensando: "É, ele não tinha mesmo nada a ver comigo!" Com ele não. Havia um encaixe e respeito mútuo que afastava as brigas e a desarmonia. Era tudo tão simétrico, tão bom. Gostaria que todas as pessoas pudéssem ter a oportunidade de experimentar um relacionamento como o nosso. Para ter continuidade é preciso reciprocidade... AMOR de ambas as partes. Se pudesse amar pelos dois, confesso que o faria. Por mais que eu sáia, converse e conheça outras pessoas, não adianta. Não ameniza a frustração, pois não era isso o que queria estar fazendo. De vez em quando me pego pedindo pra alguém que muitas vezes questionei a existência... peço pra tirar do meu coração esse desejo não correspondido. Peço que me permita descer desse trem em que ele pulou e eu continuei sozinha. Quero que pare, que passe, que se acabe. Quero que aquele sonho bom deixe de ser o pesadelo que hoje tira a minha paz, quero que simplesmente tenha um FIM. =/

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O homem invisível

Certa vez um namorado questionou o fato de não brigarmos, de eu não ter crises de ciúmes, não o privar do futebol com os amigos e nem mesmo fuxicar seu celular escondido em busca de alguma mensagem comprometedora. Disse que nosso namoro não tinha emoção. Não foi esse o motivo do término, mas também não me admiraria se dissesse que nossa relação não o fazia feliz. Algumas pessoas... só se sentem completas e realizadas em relacionamentos conturbados com direito a “barracos” todo final de semana. Sabem aqueles em que se “bate” o telefone na cara, profere palavras de baixo calão e depois fica tudo bem? Então, esse mesmo. Não fui acostumada com isso; simplesmente não sei ser assim. Bom... Sendo assim, o que é felicidade afinal? Pra mim é estar em paz. É poder ser eu mesma, mostrar sem receio minhas qualidades e defeitos como qualquer ser humano. É ter alguém pra dividir os momentos importantes da minha vida e até mesmo os mais simplórios. É me sentir segura em seu abraço, enxergar o mundo em seus olhos e desejar que o tempo pare enquanto estamos juntos. É não ter medo que tudo se acabe. É não brigar, não ter crises de ciúmes, não deixar de fazer aquilo que gosto e nem privá-lo do mesmo. É respeitar sua individualidade e não invadir sua intimidade como se fosse dona de algo ou alguém. Pensando assim, meus relacionamentos não tem emoção. Pensando assim, jamais seria capaz de fazê-lo feliz. Todo início de relacionamento é mágico. Existe expectativa, tudo é novidade. O abraço, o beijo, o toque. Mas, isso não se perpetua. A expectativa se acaba, a novidade vira rotina. Isso é normal. Se formos esperar nos sentir nas nuvens todos os dias durante anos estamos perdidos. Casamentos não existiriam. Às vezes penso que as pessoas confundem essa sensação do início com felicidade. Como se quando a mesma passasse, o namoro estivesse acabado. Como disse Marina, a personagem que dá o empurrãozinho necessário para que Pedro enlouqueça e passe a ver sua própria mulher invisível: Mulheres não estão felizes quando estão felizes. É, homens também não.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Recalcular

Não é assim que diz aquela voz chata da mulher do GPS quando por algum motivo precisa mudar a rota? Então.

Termina 2012 e começa 2013. Tudo que eu mais queria na hora da virada era um abraço gostoso, sincero, um beijo apaixonado, a promessa de um “pra sempre”, um amor de verdade. Queria ser a mulher de uma vida! A boa esposa, boa mãe e companheira para todos os momentos. Queria ser nada além do que mereço. Enquanto encontro o que procuro, permito que procurem algo a encontrar. Permito que descubram na vida o que já conheço bem e escolhi pra mim. Nesse novo ano que se inicia escolhi me conhecer. Saber o que gosto de fazer, quais músicas gosto de ouvir. Me fazer um carinho, sabe?
Me sentir amada, desejada e finalmente independente. O engraçado é que não dependo de alguém para ser feliz ao me cuidar e sim o oposto. Dependo de alguém para cuidar e amar pra ser feliz. É isso que precisa ser mudado. Quero ser uma excelente profissional, uma mãe maravilhosa e uma mulher digna de encontrar um grande homem. Todo esse cuidado, dotes e dedicação de uma esposa exemplar ficaram no século passado, hoje em dia isso pouco importa. Sempre sonhei em me casar, ter filhos e formar uma família bem tradicional. Dormir e acordar todos os dias com aquela pessoa, receber café na cama em datas especiais, almoços de domingo na casa da vovó, casa cheia no natal... Ah! Dividir a cama com os filhos pequenos que estão com medo dos trovões. Ter um companheiro para conversar, dividir minhas angústias e meus momentos de extrema felicidade. Ter alguém para fazer parte da minha realização pessoal. Ter uma rotina diária no estilo comercial de margarina! Fazer viagens e conhecer outros países e culturas. Queria um homem que me fizesse elogios, me surpreendesse com flores sem razão e que me levasse para jantar vez ou outra. Um homem que me respeitasse e me tratasse com carinho. Que aceitasse esse meu lado “mãezona” e gostasse dos meus mimos e cuidados. Nesse mundo moderno onde a moda é praticar o desapego ainda existe espaço para um relacionamento estável e duradouro que caracterize o companheirismo no sentido mais fiel da palavra? Será mesmo que estou mergulhada numa fantasia frustrante? Sei lá. Só o tempo para curar as feridas, acalmar o coração e encorajar a alma para mais uma história a ser protagonizada. Pois é... Só quem se permite o sofrimento é capaz de se permitir a alegria. Em 2013 digo logo: Vamos nos permitir! =)

Silêncio. Apaguem as luzes e abram as cortinas que o show não pode parar.

Um excelente 2013 para todos!