"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Auto conhecimento

(Esse texto é muito antigo, não sei exatamente a data em que foi escrito.
O encontrei ao folhear um caderno velho abandonado, eu devia estar em um dia ruim.)

Às vezes, acredito que minha inspiração seja ativada pelo sofrimento.
Esse aumenta progressivamente, transbordando em lágrimas, ultrapassando os limites do meu corpo, me obrigando a externalizar meus sentimentos de alguma forma.
É como uma reação química involuntária, mesmo que não queira, quando vejo, já estou fazendo.
Assim, aos poucos minha frequência cardíaca diminui, me acalmo, praticamente entro em "transe", não escuto som algum a minha volta, no máximo minha respiração, quase parando, bem baixinho.
Como se estivesse no estágio entre o sono e a vigília, meditando, abrindo todos os canais de comunicação com o meu próprio subconsciente...com um lápis e uma folha em minhas mãos, conheço a mim mesma.
Mergulho em mim, descubro pensamentos implícitos, encontro respostas para muitas de minhas dúvidas e ao mesmo tempo, deparo-me com novos questionamentos, confirmo hipóteses...que ilusão pensar que acharia uma verdade absoluta, a minha verdade...ela muda, a cada segundo que passa, já desisti da idéia de padronizá-la, menos uma frustração.
Sim, estou inpirada. O motivo?
A tristeza e a melancolia, como são lindas. De onde vem?
Mais fácil ainda!
Diga-me de onde vem os mais belos versos de escritores renomados que contribuem para a riqueza da literatura brasileira, os poetas românticos que sofrem, que amam.
O que os motivou a escrever tais preciosidades?
O amor.

sábado, 22 de novembro de 2008

Ah, o amor

Não acredito que a humanidade, em uma estrutura tão complexa como o universo, esteja seguindo seu curso aleatoriamente. Pra mim, já foi tudo previamente planejado.
Sempre para nosso crescimento!
Felicidade e (ou) sofrimento, são apenas conseqüência disso, tem valor meramente ilustrativo, como exemplos pra dar credibilidade à experiência. É isso que fazemos o tempo todo, adquirimos prática e conhecimento, a cada ano que passa nos tornamos melhores!
“Melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo”.
Ou pelo menos, é o que deveríamos fazer.
As pessoas mudam tanto com o tempo, logo se tornam irreconhecíveis.
O que se diz hoje, daqui a algumas horas perde o sentido, vira mentira.
O prazo de validade das palavras e sentimentos está cada dia mais curto.
É como se aquele quarto escuro em que você caminhava sem esbarrar em nada, com segurança, tivesse os móveis trocados de lugar.
Sei que somos seres mutáveis e isso está longe de ser considerado algo negativo.
Porém, a superficialidade das relações, a banalização do amor, a facilidade de substituição e talvez o despreparo emocional, está nos transformando em seres racionais demais...
Hipócritas demais...
Quanto mais escrevo sobre o amor, mais me convenço de que esse continuará sendo minha fiel fonte de inspiração.
Talvez por ser um sentimento, abstrato e moldado por nós seres humanos, seja tão complicado caracteriza-lo, quanto mais, entende-lo; até porque não há o que entender.
É apenas aquilo que se sente, que se pensa, é tão orgânico quanto todo o resto.
Se só o que é divino é perfeito, o amor é humano; o que mais preciso dizer?
Algo puro e tão bonito, já foi contaminado pela essência hipócrita do homem.
Deixei o romantismo de lado e estou enxergando veracidade na postura realista!
Se formos honestos e sinceros, sem medo de arriscar e até mesmo magoar alguém...
Se deixarmos de poupar os outros de situações que eles precisam passar, se formos simplistas ao extremo, estaríamos nos tornando pessoas frias e sem coração?
Porque não aceitarmos que assim, estaríamos sendo “nós” mesmos, deixando as imposições de um contrato social de fachada pra lá e permitindo que nosso instinto individualista se libertasse... seria tão ruim assim?
Mas não, precisamos manter as aparências, atuando para a sociedade e sendo julgados por ela, a cada “deslize”; porque não justificar um erro usando a frase “porque quis” ao invés de tentar procurar argumentos convincentes? Porque “justificar” um erro? Quem disse que foi um erro?
Pensar em si e não em um conjunto de personagens é egoísmo, como se a cada decisão, levássemos em conta todo o elenco que faz parte da nossa vida; não é assim e todo mundo sabe disso. Como eu disse, é hipocrisia.
Entenda como quiser, mas me recuso a omitir o que sinto e ponderar minhas palavras e atitudes.
“Sinceridade demais, às vezes, chega a ser indelicado”, então serei indelicada por muitas vezes, sinto muito.
Não, na verdade não sinto.
Quando se espera algo de alguém, corre-se o risco de se decepcionar, pois se criou uma expectativa, fantasia, o desejo de que algo viesse a acontecer, às vezes, essa pessoa nem fazia idéia de que uma simples atitude pudesse influenciar de tal maneira no estado de espírito da outra, não devemos nos sentir culpados por isso.
A gente sofre porque permite, e é feliz da mesma forma.
Respeite seus limites, mas não se anule.
Permita-se mais...viver as coisas boas!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

21° Aniversário

Quatro horas diárias de estudo totalizando uma carga semanal de 24 horas, mensal de 96 horas, anual de...nem quero saber!
Sem contar com o que se gasta!
As mensalidades! Ah! As gordas mensalidades!
Pois é, não saem do meu bolso e é isso que me incomoda. Ter filhos é como abrir um negócio.
Não deixa de ser um investimento, começando pelo pacote básico: Ensino fundamental, médio e superior (necessários pra se exercer qualquer profissão) e mais as atividades extra curriculares( curso de línguas, futebol, judô, natação, piano e até o ballet clássico).
Após determinada idade, um filho já pode, com o que foi proporcionado pelos pais, começar a produzir, dar lucro ou no mínimo não dar prejuízo.
Às vezes sinto-me um "estorvo", mas orgulho-me de ter essa consciência!
Escolhi uma carreira linda(medicina), mas muito disputada, nunca fui uma aluna nota dez e confesso que nem perto disso. Ainda não dou lucro (financeiramente falando), mas produzo, ah...produzo sim, cresço cada dia mais, faço da dificuldade um caminho para a superação, procuro dar aos meus patrocinadores, orgulho e reconhecimento por sua dedicação. Os trato com carinho, cuidado e muito respeito, acima de qualquer coisa, afinal....eles são meus pais.
Não apenas me deram vida, como estão cuidando dela até hoje, mesmo com toda a liberdade que a confiança e o tempo nos dá, eles continuam alí, se importando, como se nunca crescêssemos.
Já o nosso pensamento é diferente, quanto mais o tempo passa, mais os sentimos frágeis, carentes, dignos de ser compreendidos, pois nosso grau de entendimento já nos permite pensar assim.
Em um ano composto por inúmeras datas comemorativas, dias inventados para abastecer a sociedade de consumo e feriados para os que clamam por um diazinho de folga...porque não dar valor a uma data que remete apenas a mim?
Meu aniversário! Fazem 21 anos que estou aqui, vivendo experiências boas e ruins, aprendendo, somando, gerando um saldo positivo para me tornar um ser humano evoluído e adaptado, transcender...e um dia, poder passar tudo isso para outras pessoas.
Agradeço pelo tempo que me foi dado e fico feliz por acreditar que ainda tenho coisas para resolver, tarefas a completar, uma missão a cumprir, eu e os meus, minha família...que estou aprendendo a amar cada dia mais.
O que mais poderia desejar? Coisas materias? Não...não mesmo!
Como diz o sábio intérprete e compositor Marcelo D2: "A vida é um eterno perde e ganha...", se é eterno, é bom nos acostumarmos! Perde-se de um lado, ganha-se de outro, não faz mal, não tem importância...vou com eles ao céu e ao inferno, supero qualquer crise, faço o que for preciso...pois tê-los comigo é o meu maior e único presente.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Estrela maior

Após determinada experiência vivida, fiz uma analogia que me tem sido muito útil para conforto próprio.Utilizei palavras de mesmo campo semântico para ilustrar seres e coisas também relacionados entre si. Vamos à ela!Imagine um céu bem estrelado, digno de se passar horas observando minusciosamente cada estrela, cada detalhe individualmente. Esse seria a minha vida!Cada estrela representava um fato ou situação, as constelações por sua vez, as pessoas e minhas prioridades, cada uma com seu brilho próprio. Porém, existia uma estrela diferente, com um brilho tão forte que ofuscava as outras, por muitas vezes incomodava a minha vista, mas isso não mudava o fato de querer ela alí. Ela era o que hoje chamo de “Estrela Maior”. Tão linda e fascinante que tomava conta da minha vida, tinha toda a minha atenção, era o meu amor e o mesmo eu dedicava à ela, todos os dias. A tempo, percebi que havia algo errado; um céu daqueles não poderia ter apenas uma estrela, e todo o resto? E as prioridades? Estávam ficando pra trás, desmerecidas e desvalorizadas. O que eu fiz? Com muita dor no coração, a fiz sair de cena, simplesmente a tirei de lá, do meu céu, da minha vida. O que acontece quando há uma luz muito forte em nossos olhos e de repente ela se vai? Fica tudo escuro! Às vezes demoramos um pouco pra nos acostumar, existe apenas uma mancha, um rastro que pra onde quer que a gente olhe, está lá. Era o rastro deixado pela estrela maior, e a escuridão é como eu me sentia; não via nada e nem ninguém, só aquele fantasma de algo de não estava mais alí, mas era apenas o que eu queria enxergar. O tempo, ah o tempo...Mais uma vez e por mais “clichê” que possa parecer, o tempo cura tudo! Curou a minha cegueira! Aos poucos consegui enxergar todas as outras estrelas e constelações, consegui perceber como éram lindas e sempre estiveram alí, na minha cara, tão ao meu alcance! Descobri estrelas novas, redescobri outras antigas, logo meu céu estava repleto outra vez, coisas boas começaram a acontecer! Essa história é minha!Então, quantos universos paralelos eu posso ter? Quantos quiser, e eu quis 2: Minha vida e meu coração! Razão e emoção! Cada coisa em seu lugar, no momento certo. Foi pra lá que mandei a estrela maior, aonde ela pode ser unânime, sem ofuscar o brilho de ninguém, sem prejudicar o andamento da minha vida, já que meu coração é um lugar bem menos movimentado. Ela está lá, em um ambiente que eu criei, montada em um unicórnio desbravando florestas élficas...até quando?Eu não sei! O futuro à Deus pertence; não é assim que dizem? Mas eu sei de uma coisa e se Deus sabe ou não, é problema dele. Nada mudará sua importância em minha vida, minha história! Lá ela poderá ficar pelo tempo que quiser, tem seu espaço garantido, é vitalício...Lá seu brilho será eterno...no meu coração!

Sopa de letrinhas

Por que acho que devo escrever agora? A inspiração vem tão aleatóriamente como um bocejo, me sinto sufocada se não começar a escrever imediatamente!Não é preciso nenhum motivo especial ou assunto inovador, é apenas escrever; idéias, pensamentos, perguntas e respostas.Escrever sobre escrever! Como a função metalinguística...É possível perceber o apse da inspiração! É como se de repente, uma sequência de palavras ecoassem em minha cabeça, surgindo sem parar, como um aviso, um sinal que não pode ser ignorado, que ao encostar o lápis no papel e deixar fluir, alguma coisa proveitosa virá. Uma história, um poema, uma letra de música, manifestações sentimentais do subconsciente ou simplesmente um desabafo, um extravazamento sem sentido e inútil para quem lê, mas nunca pra quem escreve. É impressionante como o fluxo de idéias é constante e ao mesmo tempo parece não chegar a lugar algum, me pergunto porque esses surtos não acontecem nos momentos oportunos, condicionados para executar o que treinei durante tantos anos na escola: escrever sobre um tema imposto, utilizar argumentos convincentes, se posicionar a respeito do assunto e mesmo assim manter o caráter impessoal de um texto dissertativo argumentativo. Nessa hora eu travo, todas as idéias e palavras desaparecem deixando apenas um vazio em que só se escuta o barulho do silêncio; posteriormente é interrompido por um grito de socorro! O nervosismo e o desespero das horas passando, a coletânea de textos que não diz nada, a não ser o próprio texto; está ali...Qualquer idéia medíocre que eu poderia ter já está ali, como uma idéia roubada, me deixando sem alternativas. O que eles esperam de mim afinal?Ah sim, um texto padronizado, seguindo todas as regras de formatação sem esquecer do principal: a originalidade. Como se um não anulasse o outro, e não anula! No mundo real pontua, e ainda faz você passar. Será que estou exagerando ao tentar me fazer entender?A minha mente é livre. Meu lápis tem vontade própria e não consegue se expressar sob pressão. Foi por esse único motivo e acho que forte o bastante, que não escolhi por exemplo jornalismo ou qualquer outra carreira relacionada a literatura. Se tenho talento ou não, se sei usar as palavras...essas serão minhas e suas; para escrever sobre o que quiser, como quiser, sempre que quiser, mesmo que ninguém queira ler, faço pra mim, por mim e por vocês.