"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


sábado, 17 de novembro de 2012

6 meses...

Faltam 6 meses... Já comecei a contagem regressiva. Não aquela em que se conta os segundos para que finalmente tudo se acabe, mas aquela em que existe o desejo de transformar segundos em horas muito bem aproveitadas. Nunca fui uma aluna nota 10 nos meus tempos de escola, pelo contrário, era uma negação na maioria das disciplinas. Só era boa em português, redação e língua estrangeira. Tentei o vestibular para medicina durante 3 longos anos da minha vida; hoje vejo que me faltavam muitas coisas, mas sem dúvida o que mais pesou foi a falta de maturidade. Quando ingressei no curso de odontologia pensei: E agora? Não tem mais essa de recuperação, média 7,0, não é simplesmente passar de série na escola; agora é faculdade. Confesso que tive medo de não conseguir me formar. Tinha 4 anos de curso pela frente, aulas teórias, práticas, o dia a dia da clínica, o lidar com os pacientes, as provas, trabalhos e a tão temida monografia. Pensei que não fosse dar conta. Tive medo de me tornar um daqueles jovens perdidos que vivem trancando a faculdade e pulando de curso em curso. Mas... Nossa! Eu consegui. Deixei de ir a festas, passei noites em claro estudando para a prova do dia seguinte, deixei de sair no final de semana porque tinha seminários para fazer e materiais para esterelizar. Vivenciei experiências únicas através dos meus pacientes e aprendi muito. Desde que deixei a Ilha do Governador (lugar onde nasci e vivi até os 21 anos) e me mudei para Teresópolis, só me surpreendi. De maneiras positivas e negativas, é claro. Mas... fazendo um balanço geral, vejo que somente coisas boas me aconteceram. Primeiramente me surpeendi com a cidade, hoje sou completamente apaixonada por esse lugar. Amo cada rua, cada árvore e cada respirar. Me surpreendi com a faculdade, com o curso, com as pessoas que conheci, com os presentes que a vida me deu e mais que tudo, me surpreendi comigo mesma. Com a minha capacidade de enfrentar os obstáculos, de transformar as dificuldades em aprendizado, de driblar o sofrimento e a frustração e distribuir amor. Percebi a minha força. Finalmente cresci...Me tornei responsável pelo bem estar e saúde das pessoas, me tornei responsável por uma vida. Antes era só uma filha, hoje sou também uma mãe prestes a se formar. Dentro de 6 meses serei doutora, estarei segurando o diploma e fazendo o juramento junto aos meus colegas de turma. Serei uma profissional da área de saúde, uma cirurgiã dentista. Só tenho a agradecer a todos que estiveram comigo durante essa caminhada... alguns bem de perto, outros em pensamento, emanando boas energias! Agradeço pelo carinho, pelo apoio e por acreditarem quando até mesmo eu cheguei a duvidar. O meu MUITO obrigada aos amigos, ao meu companheiro, minha família e a minha filhinha, que é a grande motivação dos meus atos!

domingo, 16 de setembro de 2012

O quarto

Esse texto foi escrito dia 10 de abril de 2009. Pela época havia terminado recentemente um relacionamento de 5 anos. Se não me engano fui até a casa dele buscar algo enquanto não estava lá. Parecia ter chegado o tão esperado dia em que o sentimento chega ao fim. Ele pode demorar... dias, semanas, meses... mas ele chega. É só ter calma. :)

Aquele quarto se perdeu, sumiu. Aonde mais existe senão em minha memória, minha lembrança?
Hoje, ao ter estado lá, pude ver somente um cômodo, sem a nossa energia, sem o nosso amor.
Sem nossas peças de roupa misturadas, sem o seu cheiro. Olhei, tentei imaginar, mas não consegui.
Já não te vejo de costas para mim sentado em frente ao computador enquanto finjo estar dormindo só para te admirar. Já não me vejo catando a roupa suja que deixou no meio do quarto enquanto canta aos berros no chuveiro; não vejo nossas músicas, nossas fotos, não vejo a gente e nem mesmo você.
Só o que vejo sou eu nos presentes que um dia te dei, nas coisas que em seu quarto esqueci, no meu violão mudo colado ao seu, nenhuma nota, só o silêncio. Será que um dia haverão de tocar juntos? E nós? Será que um dia dividiremos a autoria de mais uma canção?
Eu que sentia falta da emoção dos amores antigos, que desejava a beleza e o romantismo fictício das histórias e filmes... Aqui me vejo, como uma donzela a espera de seu príncipe encantado cujo encanto, hoje, se acabou.

De volta ao vazio

No início era frustração, ver planos e sonhos derretendo como cera.

Agora é aceitação, recomeço. De volta ao vazio sim, aonde tudo pode transformar e surpreender.  
Simples e objetivo, como a vida deve ser. :)