"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


terça-feira, 25 de março de 2014

Queda livre

O tempo...Sim, esse de fato cura tudo. Acho incrível seu poder de transformação, sua capacidade de consertar as coisas. O tempo acalma, seleciona, organiza e coloca cada coisa em seu devido lugar. O tempo arrasta consigo os maus flúidos, leva embora o que não presta e como vento na brasa, intensifica e reacende o que é de verdade. É assim na vida e também aqui dentro. O tempo me fez esquecer as mágoas e me entregar para o novo. Me fez aceitar que é relativo e que sua percepção muitas vezes distorcida era pura consequência do meu estado de espírito. Me mostrou o quanto é curto e por isso devo aproveitar cada segundo. Entendi que o medo do sofrimento e da frustração é um excelente freio motor e que assim estarei me privando da maravilhosa sensação de frio na barriga causada pela velocidade. Aprendi que são os bons momentos que ficam e que os mesmos sempre compensam. Quero que o tempo continue indo e vindo, levando e trazendo. Quero continuar sendo acariciada pela brisa e sacudida violentamente nos redemoinhos. Quero o sol na pele, o corpo quente, quero os cabelos bagunçados pelo vento. Quero a paz e o pânico de viver sem me proteger. Eu quero mesmo é cair.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Limpa

Sabe quando a gente resolve fazer uma seleção de livros, discos, música, seja lá o que for apenas para diminuir a quantidade e facilitar a vida? É o que decidi fazer. A gente separa por gênero, estilo ou por simples afinidade. Precisei fazer isso por estar tropeçando nas coisas e me confrontando a todo momento com tamanha incompatibilidade...em vários sentidos. Meu Deus! Como pude deixar essa tralha toda ai sem perceber o quanto ocupava espaço? Aquele monte inútil estava me atrapalhando, acumulando poeira, tirando o brilho e o contraste das cores, minando o estímulo, o desejo. Por isso adoro esses surtos de percepção da realidade, essas tomadas de atitude que dão origem as minhas epifanias cada vez menos frequentes. Já cheguei a pensar que houvesse deixado de escrever por estar em paz, feliz ou triste demais...mas, não. O que fiz foi deixar de perceber o mundo a minha volta, reparar o que me cerca, enxergar a mim mesma. E isso eu não quero mais. Cansei do óbvio, previsível, do esperado. Estou fazendo a limpa! Jogando fora o que já não me cabe, não me serve, passando adiante o que já passou, abrindo espaço para o novo, o fascinante desconhecido... para tudo aquilo que seja capaz de me surpreender.

terça-feira, 18 de março de 2014

Fora do topo

Esse blog foi criado em 2009 e hoje acontece algo inédito. Pela primeira vez nesses 5 anos sinto a necessidade de escrever simplesmente para tirar a última postagem do topo. Esses dias a reli e me pareceu tão fora da realidade que me senti incomodada. Sou inconstante, me apaixono fácil, me entrego, vivo sempre numa tentativa desesperada de ser feliz. Essa foi mais uma. Válida, lógico, como toda e qualquer experiência. Aprendi coisas que vou levar pra sempre e o melhor, aprendi mais ainda comigo. Reconheci a minha verdade. Aquela que insisto em esconder das pessoas e até de mim mesma, mas que se torna explícita a cada término de pseudorelacionamento ou frustração amorosa:" o que você pensa que está fazendo?". Já me fiz e refiz essa pergunta centenas de vezes e confesso não ter a menor idéia... talvez arriscasse um palpite:"tentando!". Algo, alguma coisa... apenas para não dizer que desisti de tudo para viver "esperando". Penso que ao longo dos anos as pessoas vão se conhecendo, se envolvendo para quem sabe um dia (e por que não?!) encontrarem o amor de suas vidas. E se eu já tiver encontrado, mas ele ainda não saiba ou não reconheça? E se ele for da minha e eu não for da dele? E se essa coisa toda nem existe e estou mais uma vez viajando nas minhas epifanias? A grande verdade, doa a quem doer, é que eu já fingi não ver, não entender, substituir, alterar e até sufocar para ver se sem suprimentos morria e me deixava em paz, mas não... não deu. Não morre, não acaba, é cíclico e já faz parte de mim. Essa busca constante por aquela parte que falta, sabe? Como se precisássemos de algo mais para atingir a plenitude. Ser plena é se sentir completa com si mesma. É preencher seus espaços com coisas que te dêem prazer, que te façam bem. Sem depender ou precisar do outro. É ter o outro como um complemento, não necessidade. Fora do topo! Fase nova que vem mais vida por ai... ;)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Finalmente inspiração para escrever..

Sou católica não praticante, me identifico muito com a doutrina espírita, mas respeito todas as crenças e religiões. Fiquem tranquilos, pois esse texto nada tem a ver com religião. Por incrível que pareça, meu primeiro contato íntimo com a existência de Deus foi durante minha gestação. O fato de ter acompanhado uma vida se formando dentro de mim, a magia do nascimento... foi quando pensei: é, ele existe mesmo e está aqui nessa sala de parto. Também não é sobre gravidez. A partir desse momento passei a enxergá-lo nas coisas simples, a reconhecê-lo em qualquer lugar. Em um gesto, numa flor, no céu azul, em um sorriso sincero. Há poucos dias ele apareceu pra mim...claro, nítido, transbordando paz. Me mostrou o caminho. Segui as instruções sem questionar e cheguei. Cheguei pra tomar o que é meu. O que espero há tantos anos... a felicidade plena. Aquilo que sempre desejei viver, como sempre desejei me sentir. Viva, pulsante, irradiando luz! Amor! Pois é... tem poucos dias que me encontrei, por isso o estranhamento. Às vezes preciso pedir que me belisquem para ter certeza que é real. E é. Qualquer toque físico nos permite descobrir...até carinho. 2014 chegou mostrando a que veio... se as coisas continuarem nessa "levada", posso lhes garantir que muitas epifanias virão. Feliz ano novo!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Um homem assim...


Ontem estive pensando e cheguei à conclusão de que nunca fui “amada” de verdade.  Sou muito. Sei que mereço alguém que tenha esse mesmo “muito” a oferecer. Sempre acreditei que um dia encontraria o meu príncipe, até pensei tê-lo encontrado algumas vezes, mas não. Foi apenas impressão. Ainda não conheci um homem assim...

Que fizesse elogios ao me encontrar, que reparasse meu jeito, o cheiro do perfume e até a roupa que estava usando.  Que planejasse seu dia de acordo com os meus horários só pra tentar me ver, nem que fosse apenas por uma horinha. Que desejasse coisas simples como ir ao cinema, sair pra jantar, ir a uma festa juntos e andar de mãos dadas na rua. Alguém que se esforçasse pra fazer dar certo. 

Ainda não conheci um homem assim...

Que compreendesse minhas ausências e aceitasse minhas responsabilidades de mãe. Que me admirasse como mulher e acreditasse no meu potencial e futuro profissional sem ao menos ter conhecido minha trajetória acadêmica. Que me mandasse mensagens ao longo do dia e me deixasse sorrindo sozinha ao ler suas frases características e espontâneas. Que me fizesse sentir os pés fora do chão ao lembrar algum momento ou situação que tenhamos passado juntos. Alguém que quisesse me chamar de “minha”.  

Ainda não conheci um homem assim...

Que falasse de mim para os amigos com orgulho e felicidade no olhar, que demonstrasse suas inseguranças e não tivesse medo algum de se expor. Que se entregasse e se jogasse de cabeça numa relação ainda frágil, imatura, mas acreditando que valeria a pena. Que me deixasse com o coração apertado ao ameaçar desistir de tudo, só pra me dar um susto e me fazer perceber o quanto é importante. Que fizesse o tempo parar em um abraço gostoso e me deixasse “louca” só com um beijo. Alguém que fosse sincero e transparente em relação aos seus sentimentos e me surpreendesse com sua perfeição.

Sem dúvida essa seria minha zona de confronto. Sempre gostei mais das pessoas que me envolvi que elas de mim. Sem me doei demais. Ainda não sei ser diferente. Acho que não saberia lidar com essa situação. Talvez pudesse não me adaptar, magoar quem está comigo e me frustrar. Talvez tivesse medo de arriscar a me libertar daquilo que já conheço e sei das deficiências incuráveis. Será que vale a pena deixar de viver aquilo que sempre desejamos por “medo” de não estarmos prontos?   ...

Teresópolis e seu nevoeiro... Como eu amo esse lugar!  A fumaça densa esconde as respostas, mas logo o céu azul, o verde e o sol voltam a aparecer. Tão logo o tempo se encarregará de resolver as coisas e acalmar os corações.

 

Mais uma vez e como sempre haverá de ser...

Ah... finalmente! Não via a hora de poder vir aqui e dizer: passou. Há 6 meses atrás estava sofrendo devido ao término do meu namoro. Sentia o coração sendo esmagado, o ar pesado, difícil até pra respirar... Pensava que não haveria solução, que aquela angústia perduraria pelo resto dos meus dias. Ah! Quanta bobagem! Na hora é assim mesmo e não adianta que nos digam o contrário. Precisamos passar por isso. Faz parte do crescimento. Mas... passa. Hoje já consigo enxergar o lado positivo disso tudo. E nossa... Como foi bom! Aprendi a olhar pra mim, me redescobri. Posso amar quem eu quiser, pois também me amo. Coisa que por muitos momentos deixei de fazer. Me deixei de lado, me esqueci ao olhar para o outro. É engraçado pensar que enquanto choramos e sofremos o outro está lá, todo faceiro. Incomoda, dói. Mas, pensando bem... Que mal há? Só porque teve coragem de tirar de sua vida algo que já não o fazia feliz? Não pode aproveitar sua liberdade da maneira que bem entende sem ser julgado? Já julguei, óbvio. Mas o fiz quando o egoísmo tomava conta de mim. Quando só conseguia admitir o meu sofrimento e não sua felicidade. Nada que o tempo não reorganize e faça assentar. Nada que um pouco de maturidade não resolva. Bom, agora é continuar seguindo. Um passo de cada vez, com calma, apreciando a paisagem, sentindo o vento no rosto pra não deixar passar nada. Nem um detalhe. ;)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Simplesmente


Sempre fiz propaganda do jeito simplista de ser! É o melhor e menor caminho, acreditem. Sabem por que a vida perde a graça? Porque ela se repete todos os dias só que com pessoas diferentes. Não existe verdade; se pararmos pra pensar tudo é mentira. Jamais saberemos se um elogio foi feito de maneira sincera ou trouxe em si algum tipo de interesse pessoal. Essas frases não são minhas, ouvi de um professor hoje na faculdade. Me identifiquei porque realmente se aplicam. Se pensarmos que todas as boas ações são feitas por interesse, seremos pessimistas e desconfiados. Se pensarmos o contrário, seremos bobos e iludidos. Bom... O que fazer? Cada um sabe de si. E eu sei bem. Sou boba, ingênua e muitas vezes me iludo sim. Mas, me recuso a deixar de acreditar que existam honestidade e bondade nas pessoas que me cercam. Sinceramente não consigo entender o motivo de algumas pessoas me acharem tão estranha.  Perdoar uma traição apenas pelo fato de ter sido comunicada ou não se importar em ouvir sempre a verdade, por mais negativa que possa parecer... São coisas que a maioria das pessoas não aceita. A vida se repete porque nós, seres humanos, somos extremamente previsíveis. Nós mulheres, eles homens. Todos. Temos defeitos parecidos e também qualidades. Nossas características são as mesmas, embora algumas estejam mais evidentes em um sexo ou outro. Se existem as famosas “mulheres problema”, que sufocam, inibem, coagem, envergonham e enlouquecem os homens, por que também não podem existir as “mulheres solução”? As raridades escondidas por ai. As estranhas e excêntricas que muitos duvidam que sejam merecedores.  Outro dia um amigo me definiu de uma maneira tão diferente que achei interessante escrever aqui. Estávamos conversando sobre as mulheres serem previsíveis... Dessa vez nem pude defender a minha raça, pois somos mesmo. Ao ter dito que agiria de um jeito que foge ao senso comum ele respondeu: “Ah, você não é mulher! O que você é ainda não foi inventado.” Simplesmente amei. ; )