"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


sábado, 4 de julho de 2009

Dia das mães

O texto que segue foi uma carta entregue à 7 mães em seu respectivo dia esse ano. Foram escolhidas à dedo... hoje, não seriam apenas 7. Fico imensamente feliz por conhecer pessoas que mereceriam ler coisas assim todos os dias, espero que essas palavras sirvam não só para elas, mas principalmente para os que estão na mesma condição que eu, filhos. : )

* Precisei que o dia das mães se aproximasse para questionar e posteriormente compreender a importância desses seres humanos em nossas vidas, principalmente para que hoje pudesse dividir com vocês o que descobri em meus pensamentos, o quanto são especiais. Primeiramente gostaria de recordá-los tanto de forma científica quanto espiritual, o processo de gestação (lembrando que ser mãe não se resume em estabelecer laços biológicos). Na maioria dos casos os filhos são frutos de um amor, independente da durabilidade do mesmo, no momento da consumação foi sincero e real. O pai fornece a semente e a mãe o lugar para que essa possa germinar, por isso dizemos que a criança gerada é responsabilidade de ambos. Partindo de uma lógica aparentemente absurda, elaborei motivos para acreditar que pais e filhos são uma só pessoa. Viemos de nossos pais e somos gerados em nossas mães, ficamos por 9 meses imersos em seu líquido intra uterino, respiramos e nos nutrimos através delas, sentimos seu nervosismo, desejos, angústia, insegurança e felicidade, somos parasitas intra e extra corpóreos até no mínimo completarmos a maioridade. Somos parte delas como um membro, feitos do mesmo material orgânico... Após toda essa explanação, acho que ficamos mais próximos de compreender a dor de uma mãe ao perder um filho...assim como ao perdermos nossos pais, sentímos nossas raízes sendo arrancadas do chão, nos vemos frágeis, sozinhos, mesmo com 30 anos de idade, nos sentiremos como uma criança perdida no shopping. Não sei quanto as outras meninas mais novas ou mais velhas que eu, mas me recuso a deixar essa vida sem antes passar pela experiência de ser mãe. Não tenho dúvidas de que esse será o dia mais feliz da minha vida, quando puder gerar, cuidar, amar e proteger um pedacinho de mim, prepará-lo para o mundo, para continuar o que comecei. Sou adepta à tese defendida por Andrei Ridgeway sobre a criança sagrada: "Se pudéssemos falar durante o primeiro ano de vida, seríamos capazes de revelar todos os segredos do lugar de onde viemos, ainda sentíamos a pulsação do nosso objetivo de vida que se agitava em nossas células...Sem dizermos nada, abríamos o coração das pessoas, nos comunicávamos com o mundo em silêncio por emanações de sentimento que transcendiam as palavras, se os recém nascidos pudessem conversar, o mistério do ser humano desapareceria." Por isso que quando crianças somos mais carinhosos com nossos pais, dizemos que os amamos, fazemos trabalhinhos na escola homenageando datas comemorativas e outras coisas das quais tenho certeza que sentem saudades. Acredito que durante nossas vidas traçamos um gráfico não linear, na verdade uma parábola. Durante a infância nossa criança sagrada permanece ativa, mas com o tempo acabamos esquecendo nosso principal objetivo. Não sei exatamente porque durante a adolescência confrontamos nossos pais o tempo todo! Acredito que talvez por ser quando estamos começando a desenvolver nossa opinião própria e senso crítico, nossa autenticidade. Saber que o que um dia fez parte deles diverge tanto do molde original os incomoda, para eles é difícil se acostumar com tanta rebeldia e para nós, tanto autoritarismo. Nos tornamos cargas opostas de energia que se repelem! Com o passar dos anos aprendemos a compreender as atitudes de nossos pais, principalmente a nos surpreender com seu amor incondicional. Passamos a nos sentir no dever, já no meu caso, no direito a ter o prazer de poder cuidar dos que cuidaram de mim, protegê-los, amá-los, ter a mesma paciência e carinho que tiveram comigo quando estava aprendendo a andar, falar, ler... Colocando na balança, saldo positivo e negativo... Eles merecem e merecem muito. Quando bem mais velhos, já estando aptos a compreender, saber como agir, o que dizer e como dizer... muitas vezes o tempo já os levou e perdemos a chance.
Hoje, no dia das mães, quero deixar uma mensagem que li em um texto que ficou famoso por ter sido narrado por Pedro Bial, de autoria de Mary Schmich: "Dedique-se a conhecer seus pais, é impossível prever quando eles terão ido embora, de vez." Se esse dia das mães for o último, faça com que seja inesquecível.
Falo como filha. Seja uma criança que não teme em dizer que ama, um idoso que já passou por muitas coisas, inclusive a maternidade e faça o que gostaria que seus filhos fizessem por você...ou até mesmo um adolescente que briga, grita e chora...mas, seja! Para todas vocês mamães... Um Maravilhoso dia!

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