"A súbita sensação de realização após a compreensão da essência de algo."

Minhas palavras são como um olhar acompanhado de um sorriso, são as janelas de minha casa!

Essas estarão sempre abertas para que o ar se renove e as pessoas possam espiar aquilo que permito aparecer.

Se as cores do interior lhe chamaram a atenção, entre e fique à vontade. Seja bem vindo! :)


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Identicidade

Um pouco de tinta na ponta no polegar direito e a marca deixada ao pressioná-lo contra o papel, já representariam a essência desse texto. A impressão digital é apenas uma das formas de se provar que cada indivíduo é dotado de características físicas e psicológicas particulares. Fazer comparações entre coisas estáticas que permitam que se encontre semelhanças e diferenças é até comum, o que não consigo entender é a insistente tentativa em querer comparar o incomparável, inigualável, indescritível, inconstante e mutável, os seres humanos. Um exemplo muito comum desse fato é o concurso público ou o vestibular, algumas pessoas apenas estudam anos e anos e não conseguem a pontuação necessária, outras trabalham, tem família e responsabilidades, estudam de madrugada quando o cansaço não os consome e conseguem a aprovação. Como explicar tal situação? Falta de compromisso, preguiça, vagabundagem... é, talvez. Dificuldade de concentração e consequentemente assimilação do que está sendo ensinado... bem provável. Falta de vontade? Não, isso não. É o cúmulo da incerteza existencial (quem você pensa que é?) questionar a vontade de alguém numa situação como essas. Em situações de grande pressão, o sistema nervoso e o estado emocional ficam intimamente ligados, além da cobrança dos familiares e das pessoas que confiam em nosso potencial, existe a auto cobrança ; falhar nessas horas significa decepcionar os que acreditaram em nós, mas pior que isso, significa colocarmos em dúvida nossa capacidade de ser e existir... parece exagero, mas só quem já passou pela sensação do fracasso é capaz de compreender o que estou dizendo, e são essas pessoas especificamente que não admito ousar a tecer qualquer comentário à meu respeito. O processo de preparação para que possamos provar ao estado que estamos aptos à entrar em uma universidade tomando como base o ensino médio, muitas vezes provido pelo próprio, já é sacrificante o suficiente para que ainda precisemos ser diminuidos e reprimidos quando comparados à outras pessoas. Quantos não se formam em determinada carreira e acabam trabalhando em outra, quantos ganham dinheiro sem trabalhar e que trabalham sem ganhar nada? Esqueça o estado, nossos pais e parentes, esqueça o resto da sociedade, o resto do mundo: o que realmente isso prova ou significa para você? Então, pois é.. isso basta. As razões para essa não aprovação podem ser inúmeras, inclusive a de existir um número de vagas infinitamente menor que o número de inscritos no processo seletivo, como meus sábios professores do curso pH Tijuca diziam: "Infelizmente, muita gente boa vai ficar de fora.", até no desempate, fica com a vaga o mais velho, implicitamente querendo dizer que o mais novo tenha tempo para fazer mais um ano de cursinho e passar na próxima tentativa. Ao menos nesse aspecto os vestibulandos de carteitinha estão com certa vantagem, se tirarmos a mesma nota que um marinheiro de primeira viagem, entramos e ele não... o que já deve ter acontecido conosco diversas vezes, ninguém morre por isso. Então, como é que um cara desses passa e eu não? muito simples. Nosso nome, idade, estado civil, altura, peso, cor dos olhos, cabelos, arcada dentária, estrutura óssea, etnia, material genético e etc... não são os mesmos, porque acha que nosso resultado em uma prova deveria ser? O que aconteceu com ele antes de estar sentado naquela cadeira e comigo, foi diferente, desde o que ingerimos no café da manhã até as reações químicas que ocorrem em nosso corpo. Pareço estar falando de coisas que não tem absolutamente nada a ver com a questão, não é? Bom, o fato de questionar meu resultado é tão absurdo quanto. As pessoas tem limitações, acho importante identificar aonde estão e o que pode ser feito para rompê-las caso seja relevante ou necessário. É relevante que a quem o resultado se refere saiba aonde errou, porque errou e como fará pra melhorar. É necessário que as pessoas tenham o mínimo de bom senso e respeito ao questionar determinados assuntos caso queiram exigir o mesmo de nós. Já que não somos idênticos como parecem tratar os casos e situações que nos envolvem, a hierarquia existe não só entre adultos e crianças, pais e filhos, professor e aluno, patrão e funcionário, existe de indivíduo para indivíduo. Peço desculpas caso tenha sido grosseira ou indelicada, mas precisava disso. *Obrigada. : )

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